LITURGIA
Ritos finais:
O Corpo eclesial de Cristo é enviado em missão
Formação Litúrgica em Mutirão
CNBB - rede celebra - revista de liturgia
Ficha 81
Maria de Lourdes Zavarez

A conclusão da celebração eucarística se dá com os ritos finais: avisos da comunidade, bênção final e despedida.

Os ritos finais e os ritos iniciais estão ligados entre si e expressam nosso jeito de compreender e ser Igreja, tendo a Trindade como fonte e horizonte: somos povo convocado pelo Pai, reunidos no amor de Cristo, animados pela força do Espírito Santo.

Assim reunidos, celebramos a memória do mistério pascal, que nos torna cada vez mais, como batizados, um corpo comunitário, ressuscitado e todo ministerial – o corpo eclesial do Cristo.

Somos chamados a permanecer com Ele e ser enviados em missão (cf. Mc 3,14) para ser no mundo, o sacramento de unidade e salvação de todo gênero humano (cf. LG 1), portadores e agentes da boa-nova do amor, da solidariedade, da justiça, da paz, da transformação pascal da vida e da história, aliança entre todos os povos e culturas.

Por isso, tem muito sentido dar os avisos, nos ritos finais. Eles devem ser feitos com muita clareza e objetividade, motivando toda a comunidade a participar das várias tarefas pastorais, como engajamento na missão. Este também é um momento oportuno para saudar aniversariantes ou pessoas homenageadas.

A bênção em nome da Trindade expressa que a celebração se prolonga na vida cotidiana em todas as suas dimensões: pessoal, familiar, social, política... É importante valorizar as varias possibilidades de bênçãos e oração sobre o povo que o missal romano apresenta acompanhando os tempos e festas litúrgicas. Também poderá ser cantada.

Para as palavras finais de despedida, o missal também apresenta alternativas. Estas palavras devem ressaltar que a graça do Senhor nos acompanha dia-a-dia e nos ajuda a realizar, com nossa vida, um culto espiritual, agradável ao Senhor (cf. Rm 12, 1-2). Também a despedida poderá ser relacionada com o evangelho proclamado. Isto exige preparação e cuidado para não se prolongar demais.

Um canto final entoado pela equipe de cantores ou mesmo uma música executada pelos instrumentistas podem acompanhar a saída da assembléia que se dispersa, alegre, conversando descontraída e animada para seus afazeres diários e sua missão no mundo.

A celebração da eucaristia constitui a comunidade eclesial. É fonte e cume da vida cristã. Portanto, é necessário e urgente o trabalho de despertar a consciência de cidadania eclesial, para que todas as comunidades, que são impedidas atualmente, por falta de ministros ordenados, possam reivindicar este direito irrenunciável, como povo sacerdotal, de realizá-la, pelo menos aos domingos.

Ser comunidade, Corpo eclesial do Senhor, movido pelo sopro divino, sinal e instrumento de transformação pascal, é permanente dom do Pai, é graça, é exigência e finalidade da eucaristia, cujo sentido não se esgota na ação celebrativa, mas se prolonga nas lutas diárias da humanidade, até que o Reino de Deus chegue à sua realização plena e definitiva.


Perguntas para reflexão pessoal e em grupos:

  1. Qual a importância dos ritos finais na celebração eucarística?
  2. Façam uma pesquisa no Missal Romano, buscando e analisando as diversas alternativas de Bênçãos solenes e Oração sobre o povo que ele nos oferece.
  3. O que deve ser feito para que os ritos finais expressem o envio da comunidade em missão?

Fonte: CNBB - www.cnbb.org.br

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